2016 será ano eleitoral. Ano de promessas. E de dificuldades pelo atual quadro econômico do país. Será hora dos candidatos a prefeitos apostarem em projetos de baixo custo mas de grande impacto social. E aí entram as corridas de rua. Sim, as corridas de rua.
Municípios como Cariacica, Vila Velha e Serra, aqui na Grande Vitória (ES), poderiam apostar nessa iniciativa como proposta de inclusão para moradores de bairros de alta incidência de criminalidade e carentes de assistência pública. Certamente os mais beneficiados serão as crianças e os jovens.
Minha sugestão é as prefeituras realizarem corridas todo mês em diferentes bairros carentes. Em primeiro lugar, as provas seriam uma forma de “abrir” e integrar essas comunidades com corredores de várias localidades da Grande Vitória e até mesmo de outras cidades capixabas. Uma forma de movimentar o bairro, fazer o morador se sentir prestigiado e presenteado. Seria um dia de festa.
Mas não seriam apenas as provas em si. Os eventos viriam agregados de ações positivas para as comunidades beneficiadas. Na semana que antecederiam as corridas, secretarias municipais realizariam ações para os moradores. Por exemplo: atividades voltadas para saúde bucal, sexualidade, ações preventivas de Aids, câncer, realização de palestras sobre abuso sexual, violência contra a mulher, e por aí vai. Eventos para toda a família. Todos tendo como foco final a corrida que aconteceria no final de semana.
Paralelamente, as prefeituras poderiam incentivar os participantes da corrida a doar roupas, alimentos e tênis que seriam repassados a famílias carentes da comunidade. E os tênis doados às crianças viriam com um incentivo de adotarem as corridas como suas práticas esportivas.
Uma iniciativa simples que jogaria luz a esses bairros carentes. Inciativa de baixíssimo custo e imenso retorno. Poderiam agregar ainda o apoio do comércio local, faculdades, centros comunitários. Engajamento de todos. Certamente as comunidades se sentiriam abraçadas pelo envolvimento do poder público. E as crianças se sentiriam motivadas a se envolver com o esporte, pois na semana posterior à corrida, as escolas poderiam, por exemplo, promover pequenas provas internas. Quem sabe se num futuro bem próximo essas ações não revelam grandes atletas. Pensem nisso.